O confinamento convencional é um sistema de criação em que os animais são alojados em currais com dimensões determinadas, sendo a oferta de alimentos e água de qualidade a vontade, toda entrega por meio de cochos e bebedouros.
A maior parte dos custos da terminação em confinamento convencional é a compra de animais e segundo é referente à alimentação. Sendo assim, a busca pela máxima eficiência durante a engorda de bovinos confinados é de extrema importância. De modo geral, grãos de cereais representam a principal fonte de energia nas rações de bovinos terminados em confinamento. Rações com teores mais altos de grãos propiciam ganho de peso mais rápido, melhor eficiência alimentar, carcaças com melhor acabamento de gordura e maior rendimento de carcaça. Além disso, há uma possibilidade de aumento de utilização coprodutos da indústria alimentícia, o que possibilita várias opções na escolha dos ingredientes, diminuindo a competição com alimentos utilizados na alimentação humana, além da diminuição do custo de produção.
Quando se opta pela utilização do confinamento convencional é possível esvaziar áreas de pastagens, liberando as mesmas para receber categorias menos exigentes (recria, por exemplo), formação de lotes homogêneos, oferecendo uma dieta com mais energia, resultando em maior deposição de gordura, com resultados em acabamentos de carcaça superior ao mínimo exigido para um acabamento regular (3mm gordura).
Porém, o custo para implantação de um confinamento convencional é elevado e demanda uma logística operacional muito grande, o que pode inviabilizar sua adoção rápida do sistema. O levantamento dos custos deve ser muito bem entendido. Os valores relacionados a instalações e maquinário são relativos às depreciações, portanto não são agregados no fluxo de caixa da propriedade. Caso a fazenda tenha os animais, na mesma circunstância, a dieta terá o maior percentual (61%), depreciações (13%), mão de obra (7%), combustível (5%), vacina e outros (2%).
Nesse contexto, alguns pesquisadores afirmam que o confinamento pode ser utilizado como uma ferramenta de manejo na propriedade, cujas principais vantagens são: aliviar pastos na época seca; retirar os animais mais pesados das pastagens, liberando-as para categorias mais leves e com menor exigência nutricional; aumento da produtividade e da qualidade da carne; reduzir o tempo de terminação; programar abates durante todo o ano; e intensificar o giro de capital.
Alguns manejos devem ser respeitados para o sucesso da operação: boa apartação selecionando animais com características mais próximas entre si, frequência de trato e horário do trato, distribuição do trato, leitura de cocho, avaliação escore de fezes, curva de consumo, limpeza dos bebedouros, análise dos alimentos, ronda sanitária, treinamento da mão de obra e controle de dados.
No confinamento convencional, é utilizado a inclusão de maior quantidade de grãos processados para aumento de ganho de peso e produção de carcaça, para tanto é importante salientar a possibilidade de problemas metabólicos vindo dessa nova dieta, portanto a adaptação dos animais a nova dieta é feita de maneira lenta e gradativa (média de 21 dias) para que seja possível o aumento do fornecimento de energia a esses animais.
A acidose aguda ou crônica trazem prejuízos financeiras na ordem de 12 dólares por animal e na tentativa de mitigar a possibilidade dessas perdas é importante o balanceamento da dieta e utilização de aditivos capazes de diminuir a possibilidade desses distúrbios metabólicos, afinal tudo que o animal se alimenta é fornecido diariamente no cocho.
O confinamento convencional proporciona ganhos de peso vivo na ordem de 1.500 a 1.650 kg por dia e com rendimento de carcaça variando de 54% a 56%. Além das vantagens secundárias dentro da operação.
Concluímos assim, que o confinamento convencional é uma estratégia de utilização e intensificação dentro das propriedades com custos mais altos implementação e com ganhos zootécnicos e retorno financeiro maiores.
O confinamento é um passo importante na tecnificação do sistema e com muitos detalhes que deve ser trabalhados para que haja sucesso no processo. Para tanto, nós Bigsal Trouw Nutrition estamos preparados para auxiliar nas tomadas de decisão e seguir o melhor caminho pensando sempre na máxima eficiência do sistema.
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Autora: Danubia Figueira – Médica Veterinária e Supervisora Técnica Bigsal Trouw Nutrition.