O período de transição envolve um conjunto de fatores que devemos focar de formas distintas. Inicialmente compreender as principais diferenças entre a estação das águas e a estação da seca.
Na estação das águas: as principais características que temos são maior disponibilidade e digestibilidade de capim; constante brotação; melhor GMD dos animais em um menor consumo de suplementos. Por outro lado, na estação da seca nós temos: um capim que não brota; uma queda na digestibilidade devido à alta lignificação das folhas; e assim a necessidade do uso de proteinados já que o animal não pode perder peso no período da seca, e um consumo compensatório devido à falta de nutrientes do capim.
Ao observarmos as principais diferenças no comportamento do capim e o comportamento dos animais estabelecemos o que chamamos da “lei dos 2 estresses” pois levamos em consideração que todo e qualquer estresse vai alterar a forma como um animal converte energia no seu corpo. Esses 2 estresses que estamos mencionando se tratam da mudança na qualidade do capim e a troca da suplementação.
A estratégia que queremos deixar para vocês aqui hoje é: evitar as 2 alterações ao mesmo tempo. A principal forma de fazer isso é iniciar a troca de suplementação antes da entrada da seca (30 dias antes) no momento onde ainda existe massa de capim disponível para os animais, desta forma os animais já estarão acostumados a baixa digestibilidade do capim devido ao efeito do proteinado, e o segundo estresse será menor não afetando assim o ganho de peso dos animais.
No período da seca é proibido perder peso, toda a estratégia deve ser focada para manter a saúde, bem-estar e desempenho do animal, como consequência o lucro plurianual estará seguro e garantido.
Autor, Neto Prado - Consultor Técnico Bigsal.